MARKETING DE BAIXO INVESTIMENTO É ALTERNATIVA PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Mesmo designando pessoas para a divulgação, dono do negócio tem que acompanhar as ações.

Que a propaganda é a alma do negócio, os empresários já estão cansados de saber. Mas pequenas e médias empresas ainda encontram dificuldade para divulgar sua marca ou serviço por falta de conhecimento sobre o assunto.

Embora acredite-se que a boa publicidade custa caro, especialistas em marketing desmentem este mito e mostram que é possível, sim, fazer marketing com pouco investimento. Ações focadas nos bairros, promoções e sites de relacionamento podem ser boas ferramentas de divulgação e o retorno é garantido.

“Observamos que entre os fatores limitadores, tanto para sobrevivência como para o crescimento da pequena empresa, está a falta da utilização do ferramental de marketing”, afirma o gerente de planejamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae/AM), Vicente Esquino.

De acordo com o analista de marketing do Sebrae, Jorge Kemel, para fazer uma boa campanha de marketing gastando pouco, o microempresário precisa, antes de tudo, conhecer bem o seu cliente.

Com um bom planejamento, uma campanha personalizada pode dar mais retorno que um anúncio em televisão, por exemplo. “O empreendedor comumente acha que, quando está com pouco fluxo em seu ponto de venda, precisa imediatamente investir em mídia de massa. Mas ele deve primeiramente fazer uma análise de seu público, procurando observar seu comportamento de compra e seu perfil demográfico e psicológico. Cada público tem peculiaridades que precisam ser detalhadas a fim de personalizar um contato e manter um relacionamento personalizado”.

Com o cliente devidamente identificado, o empresário precisa definir qual melhor maneira para atrair o seu cliente a partir da análise sobre qual a finalidade da ação: Trazer mais clientes para a loja; lançar a marca no bairro; ou fidelizar clientes após a primeira compra. “Aí é preciso exercitar a criatividade e procurar meios de comunicação que estejam em conexão com o seu público alvo”, explica.

Segundo o proprietário da agência de publicidade Amazon Picture, Idenilson Perin, a internet facilitou a aproximação com o cliente e ofereceu um leque de oportunidades para divulgação de baixo custo e grande alcance. “Ter um site é o primeiro passo. É uma coisa que não sai muito cara. Por R$ 800 a R$ 1 mil você consegue um site funcional. Sites de compra coletiva são boas opções para tornar a marca conhecida”, revela o publicitário.

Mídias sociais também podem ser utilizadas para divulgar um produto, mas, apesar de gratuitas, demandam muito planejamento, como afirma o proprietário da Oiapoque Publicidade, Hamilton Masil. “O empresário pode até administrar, mas tem que se dedicar, pois a informação precisa ser constante ou a audiência vai embora”.

De acordo com Idenilson, uma boa maneira de manter o volume de acessos e seguidores nas mídias sociais é oferecer informações e novidades além do produto. “Antes de oferecer alguma coisa pela qual a pessoa vai ter que pagar, você tem que oferecer alguma coisa de graça”.

A máxima também serve para ações no ponto de venda. Oferecer amostras gratuitas e serviços adicionais  ajudam a fidelizar a clientela e tornar novos produtos conhecidos no mercado. Folders e panfletos ainda são opções baratas e eficientes para se aproximar do cliente.

Empresários que quiserem iniciar um plano  podem procurar a ajuda do site do Sebrae:  www.sebrae.com.br.

Ação personalizada faz a diferença com o cliente

Conhecer bem o cliente e manter uma assessoria contínua a ele é o alicerce principal do planejamento de comunicação das revendedoras de cosméticos Mary Kay, segundo uma das diretoras de representação, Valéria Santos. 

De acordo com Valéria que trabalha com a irmã Viviane, a marca, apesar de internacional, tem uma política de marketing de baixo custo para que todas as consultoras possam usufruir das ferramentas.
“Não fazemos anúncios pois algumas consultoras não têm meios financeiros para isso. Então aplicamos o marketing personalizado, que dá um retorno bem mais eficiente”, explica.

Para atrair novos clientes, as revendedoras trabalham com indicações e montam seus próprios bancos de dados. Todos os meses, as diretoras se unem para realizar um grande evento. Dividindo os custos, de cerca de R$ 600 ao todo, elas conseguem reunir cerca de 200 novos clientes em potencial.

“O retorno é de praticamente 100%. A maioria das pessoas que comparece ao evento compra algum produto”, conta.

“Depois de um mês a gente volta a entrar em contato com este cliente. Às vezes ele tinha interesse em mais de um produto, mas não tinha dinheiro na hora ou observamos que o cliente disse na ficha que tem um problema na pele, daí indicamos o produto para ele resolver aquilo. Esse atendimento faz a pessoa se sentir especial e única”, afirma Valéria.

Fonte: Incorporativa 
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