GERAÇÃO @: QUEM SÃO E COMO SE COMPORTAM

Também conhecida como Geração Z, perfil foi foco de pesquisa


 

Os teens de hoje que têm entre 13 e 18 anos em breve tomarão o poder do mercado de consumo, assim como os seus “antepassados”, a Geração Y. Eles nasceram e vivem na era digital, estão interconectados, super informados, têm um sentimento crítico elevado, são egocêntricos, precisam ser reconhecidos e procuram seus próprios momentos de fama. Para eles, as marcas continuam sendo relevantes em suas vidas para construir sua identidade, aponta a pesquisa “Geração @ e as Mudanças dos Consumidores Teens”.

O estudo realizado pela Enfoque Pesquisa de Marketing no Brasil e apresentado ontem, dia 22, na sede da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa mostra um adolescente cuja vida passa 24 horas por dia nas telas. Principalmente a do computador, para acessar a internet, em que 77% preferem passar o seu tempo, contra 66% da Televisão e 54% do celular. Mas eles não consumem uma mídia de cada vez. 

Enquanto estão na internet, os teens multitarefa ouvem música, falam ao telefone e assistem à TV, nesta ordem. O ambiente digital é um território conquistado por eles e onde têm suas próprias linguagens. A disputa pela atenção deste público é cada vez mais feroz. Tudo que se passa na vida deles hoje tem uma tela. Eles não consomem mídia, mas sim conteúdo que os permite interagir e compartilhar, principalmente nas redes sociais. 

Geração Display

As redes sociais são parte fundamental na vida dos adolescentes brasileiros para se socializarem, conhecer pessoas, ter reconhecimento e auto-estima. Em seus perfis, eles se mostram como querem ser vistos, geram e compartilham conteúdo constantemente. “Os teens de hoje são autores e protagonistas de seus momentos”, afirma Zilda Knoploch, CEO da Enfoque Pesquisa de Marketing (foto). “É uma geração display. São obcecados por se verem e serem vistos. Até o processo de paquera mudou. Primeiro ele se mostra e depois conhece”, explica.

Agora, as marcas precisam conhecer e interagir com esses jovens que Zilda chamou de Geração @, também denominada por Geração Z. Eles são adolescentes nascidos após 1995. A forma de fazer Marketing tem que ser diferente. “Temos que entrar na vida destas pessoas, acompanhar a vida delas e se relacionar. Não é mais um discurso da marca para o teen, mas uma conversa entre os dois”, diz a CEO da Enfoque.

É uma interação sem fim que tem como base o conteúdo. As marcas que não tiverem conteúdo e um propósito estarão fora do jogo. Elas precisam preencher um espaço que está vago na mente dos novos adolescentes que se mostram sem perspectivas, uma vez que 52% das mais de 1.500 pessoas entrevistas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, das classes A, B e C, se mostram abertos a morar em outro país. Elas não têm confiança nas empresas, nos políticos, nem no Estado, mas 70% dos garotos e garotas confiam na Igreja, seguida da Seleção Brasileira de Futebol, do Exército, da Rede Globo e dos Bancos.

Atitudes diferentes, mas nem tanto

Em meio a uma fase de transição, os novos teens se mostram materialistas e extremistas em relação às suas emoções. Assim como a Geração Y, querem tudo para ontem e alguns deles já sentem falta de tempo para fazer tudo que gostam. É um fenômeno decorrente da maior gama de atividades diárias além da escola, principalmente nas classes AB. Seus ídolos não estão no esporte, mas sim na família, sendo a mãe a principal.

Sobre o futuro, a maioria não tem ideia do que acontecerá a eles, apenas querem desfrutar o hoje. A diferença é que, na classe A, alguns desejam estudar e trabalhar no exterior. O vasto acesso a informação lhes permite sentir que o mundo cabe em suas mãos. Num ambiente de excessos, a opinião de seus amigos é confiável e mais influente que a das marcas. 

A música está presente em todas as situações que este jovem passa, formando a trilha sonora da vida dele mais do que no passado. O que não muda, segundo a pesquisa, é que as marcas continuam representando os códigos de moda para esta geração, seja como pertencimento, para obter status ou até mesmo se diferenciar.

MELISSA DECORA FACHADA DE LOJA COM MEIO MILHÃO DE POST-ITS


Durante três meses, a cada 15 dias, decoração da unidade da Oscar Freire será renovada


A Melissa e a 3M fizeram uma parceria inusitada na loja Galeria Melissa, na Oscar Freire, em São Paulo. Na fachada do ponto de venda, os consumidores encontram um revestimento todo feito de Post-its coloridos. A decoração ficará no local durante três meses e, cada 15 dias, os desenhos serão substituídos. O espaço também convida os visitantes a interagirem, deixando o seu recado nos 500 mil blocos de papel utilizados. A iniciativa faz parte da estratégia da marca, que sempre atualiza as paredes da Galeria Melissa.


Fonte: Mundo do Marketing

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR VAI MUDAR PARA ABRANGER INTERNET

Comércio eletrônico chegou a R$ 15 bi em 2010, segundo estimativas



O CDC (Código de Defesa do Consumidor), principal meio de proteção dos compradores, que completou 20 anos em setembro de 2009, vai passar por uma reforma. As mudanças devem incluir normas específicas para o comércio eletrônico – que não existia quando o código foi criado. 

Especialistas ouvidos pelo R7 disseram que a reforma é positiva, mas abre espaço para interferências, tanto econômicas como políticas. 
A comissão de juristas, instalada pelo Senado, será presidida pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Herman Benjamin, e terá este primeiro semestre para elaborar um anteprojeto de lei.

Para a coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci, o atual CDC já tem o mérito de ser genérico. Ou seja, não se prende a um tópico muito específico e pode abranger meios diferentes de comércio, como a internet. Ela diz que o código sobreviveu por 20 anos e se tornou um inegável sucesso. Na avaliação dela, a reforma envolve riscos.
A preocupação da Proteste é que o CDC seja preservado. Mas, apesar do mérito reconhecido da comissão que vai tratar da reforma, há riscos de retrocesso, de que o texto final possa passar por intervenções da parte de parlamentares que envolva outros interesses econômicos pouco técnicos.

Para Maria Inês, o CDC “colocou ordem na casa nas relações de consumo”, por ser um fator educativo e mobilizador: com esse instrumento, o consumidor aprendeu a lutar por seus direitos.
O presidente da ABC (Associação Brasileira do Consumidor), Marcelo Segredo, afirma que a internet é um meio seguro de fazer compras. Mesmo não sendo à prova de falhas e fraudes, a principal reclamação de quem compra na web não é sobre a qualidade dos produtos, mas referente a prazos de entrega.
Ele destaca, no entanto, que a falta de informação sobre as empresas dificulta para o consumidor fazer valer seus direitos. Por exemplo, o CDC prevê que o consumidor pode trocar o produto ou exigir o cancelamento da compra no prazo de sete dias após a entrega, caso não atenda suas expectativas. A falta de um endereço físico ao qual dirigir a reclamação, ou um telefone, no entanto, é um obstáculo para o consumidor.
As empresas dão canseira no consumidor, com a finalidade de deixar vencer esses sete dias. Aí o consumidor perde o direito.
Ele recomenda que o consumidor, antes de fazer uma compra online, procure se certificar da marca, verificar se é conhecida, se oferece assistência técnica na cidade onde o consumidor mora.
Segredo diz ainda que a reforma deveria tornar obrigatório que os sites tragam um endereço para o qual o consumidor possa enviar sua eventual queixa, telefone para contato, CNPJ e razão social – dados que precisam estar à mão caso a pessoa queira formalizar uma reclamação.
Comércio eletrônico

As compras pela internet movimentaram um volume expressivo de dinheiro em 2004 (R$ 4,4 bilhões), mas o resultado do ano passado, caso se confirme a expectativa (R$ 15 bilhões), vai mostrar a força que o comércio eletrônico ganhou no país. Os dados são da e-bit, empresa especializada em informações sobre comércio eletrônico.
Eletrodomésticos foram o item mais procurado pelo consumidor no Natal do ano passado, e o gasto médio ficou em R$ 370.

Até o primeiro semestre do ano passado, 20 milhões de pessoas compraram pela internet ao menos uma vez, principalmente livros e assinaturas de revistas e jornais, eletrodomésticos, artigos de beleza e medicamentos, informática e produtos eletrônicos. Além disso, o índice de satisfação dos consumidores brasileiros com o comércio virtual atingiu 86% no primeiro semestre.
Fonte: R7 Notícias

MACBOOK PRO COM OURO 24K E DIAMANTES?

Versão de luxo e exclusividade


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Os notebooks da Apple mais conhecidos como Macbooks ganham uma versão de luxo – e exclusividade, claro. A Computer Choppers finalizou seu primeiro modelo de Ouro 24K e Diamantes do Macbook Pro. O preço da “obra de arte” varia dependendo do gosto – e bolso – do cliente, entre 1.200 e 1.500 dólares.

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Fonte: Hi Tech Live

COCA-COLA IMPULSIONA CRESCIMENTO DA MARCA NO MUNDO

Operação brasileira aumentou vendas em 11% em 2010, enquanto desempenho global foi de 5%


A Coca-Cola comemora o crescimento de 11% nas vendas no Brasil em 2010 e um faturamento de R$ 17,7 bilhões. No período, apenas a marca Coca-Cola cresceu 12,5% e foi a principal responsável por contribuir com a expansão mundial. Os números são resultado do investimento em sustentabilidade, das ações de Marketing voltadas para a Copa do Mundo, do aumento de portfólio e da adaptação de embalagens com foco na classe C.
Comparado ao resultado global, o mercado brasileiro superou o desempenho mundial e da América Latina em mais do que o dobro. No último ano, tanto a Coca-Cola mundial quanto a divisão da América Latina cresceram 5%. Os investimentos do Sistema Coca-Cola Brasil também foram superiores aos R$ 2 bilhões esperados, atingindo R$ 2,2 bilhões. Com o desempenho, o Brasil garante a quarta posição no ranking de principais mercados, ficando atrás apenas de Estados Unidos, México e China.
 Para 2011, espera-se que sejam injetados R$ 2,5 bilhões na operação brasileira e, até 2014, a expectativa é que os investimentos totalizem R$ 11 bilhões, ante os R$ 6 bilhões investidos nos últimos cinco anos. “Prevemos para estes anos o maior nível de faturamento e vendas, acompanhando o maior nível de investimento já feito. Em 2010, o sistema brasileiro teve a melhor performance dos últimos 30 anos”, disse o Presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa (no centro da foto acima), durante a entrevista coletiva realizada ontem, dia 9, na sede da empresa, no Rio de Janeiro.
Copa impulsionou vendas

O faturamento brasileiro em 2010 é consequência da venda de 10,6 bilhões de litros de bebidas no período. Parte delas provavelmente impulsionada pelos investimentos da marca na Copa do Mundo de Futebol de 2010. A Coca-Cola contou com uma estratégia diferenciada durante sete meses, de fevereiro a julho, sob o tema “Comemore do seu jeito”. No período, o remix da música Wavin’ Flag (feita especialmente para o evento) do rapper sul-africano K’naan, com a banda Skank, por exemplo, teve mais de 1,2 milhão de downloads.

A plataforma também contou com ações promocionais que somaram cerca de 10 milhões de códigos de tampinhas enviados via SMS, além de eventos que reuniram 2,5 milhões de pessoas para assistirem aos jogos do mundial. Como resultado, no Brasil, a Coca-Cola foi a marca mais associada à Copa do Mundo, segundo uma pesquisa realizada pela Interbrands.
“Em 2010, alcançamos recorde de participação de mercado com a marca Coca-Cola”, explica Luciana Feres, Diretora de Marketing da empresa. Outro fator que contribuiu para a expansão foi o lançamento de produtos e o investimento em outras categorias. Hoje são mais de 150 marcas no portfólio presentes em um milhão de pontos de venda. No total, a empresa conta com 46 unidades industriais e 16 fabricantes regionais.
Lançamentos para se aproximar do consumidor


Em maio do ano passado, a Coca-Cola lançou por aqui o isotônico Powerade, presente em mais de 70 países. Para ajudar a divulgação da novidade, o produto foi escolhido pela FIFA para a hidratação dos atletas durante a Copa. Outros lançamentos de 2010 foram a Coca-Cola Light Plus, primeiro refrigerante funcional do país, e a Linha Leão, com chá em saquinho, Ice Tea e Chá Branco pronto para beber. Com a expansão do portfólio nas sete categorias (sucos, águas, refrigerantes, isotônicos/hidrotônicos, chás, energéticos e bebidas lácteas), a Coca-Cola pode se aproximar mais ainda dos consumidores.

“Com o aumento do poder aquisitivo da Classe C, o brasileiro pode experimentar novas coisas. O refrigerante tem um papel importantíssimo nisso e o crescimento de todas as categorias também contribuiu. O nível de investimento nos permite ficar mais perto do consumidor e a estrutura de distribuição de vendas tem sido fundamental”, explica o Presidente da Coca-Cola Brasil.
Para conquistar os consumidores emergentes, a empresa entendeu que era importante manter a qualidade dos produtos e focou nas embalagens para oferecer a melhor relação custo-benefício. “Temos apostado muito na classe C com novas embalagens para cobrir todas as necessidades econômicas. Geramos fôlego adicional nas retornáveis (vidro e plástico) para reduzir o preço”, conta Zarazúa.
Sustentabilidade permeia o negócio

Outra forma de se aproximar dos consumidores e agregar valor à marca é contribuindo para a sustentabilidade, tanto econômica, quanto ambiental e social. Em 2010, foram gerados 53 mil empregos diretos e outros 500 mil indiretos com as ações da companhia. O ano passado também marcou a estreia da PlantBottle, a primeira garrafa PET parcialmente vegetal.

Já a clássica garrafa de vidro teve seu peso reduzido em 25%, possibilitando o transporte de mais unidades e, consequentemente, reduzindo o gasto de combustíveis. O mesmo aconteceu com o tamanho das tampinhas das embalagens PET, o que permitiu a fabricação de mais 120 milhões de embalagens no ano com a sobra.
A partir das parcerias com o Walmart e o Carrefour, a Coca-Cola mantém mais de 300 estações de reciclagem e apoia 130 cooperativas. Em 2010, a empresa também inovou inaugurando sua primeira fábrica verde e reduzindo o uso de água para 1,98 litro a cada litro de bebida produzida. Há 13 anos, a proporção era de cinco litros. “A visão de sustentabilidade é muito integrada à nossa visão de negócio. Não conseguimos mais seperar o que é investimento em sustentabilidade do restante”, explica o Vice-Presidente de Comunicação e Sustentabilidade Marco Simões.

EMPRESAS AINDA TÊM PRECONCEITO COM A BAIXA RENDA

Pesquisa do Data Popular indica o que os executivos de Marketing pensam das classes C, D e E



 

Há pelo menos cinco anos não é novidade que o consumo está nas mãos das classes emergentes. O mercado, as empresas e os executivos de Marketing, no entanto, parecem não terem percebido esta realidade. Ou se perceberam ainda não encontraram o ponto certo para agir. Segundo uma pesquisa realizada pelo Data Popular, 70% dos entrevistados percebem que existe algum preconceito por parte de suas empresas quando o assunto é atuar com a baixa renda.
O levantamento ouviu executivos de 100 empresas nacionais e multinacionais. Destes, 71% disseram que há algum tipo de resistência interna em trabalhar com os consumidores das classes C, D e E. Os resultados mostram que, mesmo sabendo do potencial de consumo da classe C, ainda há um desafio em ambientar os profissionais no cotidiano deste público.
“Quando os executivos admitem que a empresa e eles mesmos têm preconceito é porque a coisa está séria. Isso mostra a dificuldade enorme em falar com um mundo completamente diferente do que eles estão acostumados a viver”, explica Renato Meirelles, Sócio Diretor do Data Popular, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Profissionais estão despreparados

Em relação ao que os profissionais de Marketing pensam sobre a baixa renda há um consenso: o mercado está despreparado. Apenas 20,79% deles se consideram muito preparados para lidar com as classes C, D e E, enquanto somente 14% afirmam que sua empresa está preparada para ter sucesso neste mercado. Quando o assunto é o vizinho, a situação piora. A grande maioria (91%) dos entrevistados avalia que seus colegas de empresa não estão bem preparados para lidar com o público da baixa renda.

A dificuldade em atender as necessidades e expectativas destes consumidores está na falta de compreensão que esses executivos têm sobre a realidade da base da pirâmide. Para resolver esta questão, tem crescido a procura por pesquisas etnográficas e estudos de tendência que apontem os caminhos para onde o consumidor emergente está caminhando, o que ele pensa, quais são suas necessidades e seus desejos.
“Não é um problema apenas na comunicação, mas no composto de Marketing como um todo. Há uma demanda por desenvolvimento de novos canais de venda e plataformas de relacionamento com a classe C. Cresce a inauguração de lojas próprias e o mercado de venda direta”, aponta Meirelles, do Data Popular.
Falta conhecimento sobre consumidor emergente

Entre as principais dificuldades em atender este mercado estão a falta de conhecimento, citada por 33,8% dos pesquisados, e a comunicação, lembrada por 27,3%. Aparecem ainda produto (13%), estrutura (15,6%) e estratégias (6,5%). Para mais da metade (54%) dos profissionais, a empresa onde trabalham entende pouco ou nada sobre a baixa renda, e apenas 8% consideram que sua agência de propaganda está muito preparada para atingir as classes C, D e E.

A maioria (78%), no entanto, tem consciência de que a comunicação deve interagir com os desejos e os valores do consumidor emergente e não apenas com seu bolso. Durante anos, a regra dizia que vender para a baixa renda era falar de preço. Definitivamente, esta realidade ficou para trás. É preciso compreender o universo deste consumidor para se aproximar dele.
“O repertório da elite brasileira é minimalista, predominam as cores primárias. Nas classes C e D é diferente, destaca-se o vermelho, o verde, o colorido que vem desta cultura”, exemplifica o Sócio Diretor do Data Popular. Mas ainda há uma parte dos executivos que não entenderam isso. Para 22%, a estratégia mais adequada para atingir os emergentes é falar para o bolso do consumidor.
Casas Bahia é mais lembrada como case de sucesso

Entre os que já entenderam a necessidade de mudanças, o varejo sai na frente, na medida em que percebeu a importância da relação custo-benefício. Outro ponto fundamental é a segurança que o produto ou serviço deve passar para o consumidor. “O cliente emergente é mais medroso na hora da compra, não pode errar. O atendimento é fundamental, por isso o varejo de porta a porta ganha muito”, ressalta Meirelles.

O mesmo é observado no mercado informal, que investe na explicação do produto e nas relações com os consumidores, entrando em um universo cultural próprio das classes da base da pirâmide. Em relação às marcas mais citadas como case de sucesso, a Casas Bahia aparece na liderança, com 36,7%, bem distante das outras concorrentes.
Em seguida, aparecem Magazine Luiza, com 9,5%, e Marisa, com 3,6%. Estão ainda no ranking Nestlé (3%), Avon, Bradesco, Havaianas, Hypermarcas, Lojas Marabraz e Unilever, todas empatadas com 2,4% das citações. A liderança da Casas Bahia pode ser explicada por dois fatores: a varejista é a marca que direciona sua estratégia há mais tempo para estes consumidores e nunca teve vergonha de dizer que fala para este público.
Para as companhias que ainda têm um longo caminho a trilhar para conquistar as classes C, D e E, Renato Meirelles deixa a dica. “É preciso investir em pesquisa e fazer um exercício de humildade, se colocando no lugar do outro. Caso contrário, as empresas terão uma grande dificuldade em desenvolver estratégias de negócio que façam sentido para esse consumidor. Não tem muito segredo”.

QUATRO ERROS MUITO COMUNS QUE AS EMPRESAS COMETEM NO TWITTER

Invadir a rede de microblogs com uma marca sem dispor de qualquer planejamento e abandoná-la depois são alguns deles.


 

Muitas empresas que adotam o Twitter como plataforma de comunicação, percebem logo nos primeiros meses o exponencial crescimento de seguidores. Porém, depois de algumas semanas de sucesso, alimentando o canal com informações diárias, atualizadas e primando pela comunicação em mão dupla, veem o clima esfriar, os RT´s pararem... Tudo por que o responsável pelo Twitter mandou a última mensagem na segunda-freira passada.
Tome note: 73% das empresas mais importantes no ranking da publicação norte-americana Fortune mantém contas no microblog. Mas maioria dessas contas está paradas – sem qualquer atualização faz meses.
As explicações para desistência do canal de comunicação de 140 caracteres são muitas; mas esses quatro erros de postura na mídia social estão entre os mais comuns:
1. Falta de planejamento
Invadir o Twitter com uma marca sem dispor de qualquer planejamento é o maior erro das empresas. A autora do livro The Social Media Survival Guide (Guia de sobrevivência em mídias sociais), Sherrie Madia, sugere que as empresas pensem bem sobre seus objetivos ao ingressarem no Twitter. “Não é um ambiente onde se entre e as variáveis sejam as planejadas – é muito dinâmico. Esteja preparado para mudanças de rumo”, diz.

2. Alimentar com novidades
“Empresas costumam se perder no Twitter quando não desenvolvem conteúdo que seja realmente atraente para os seguidores. Você criou uma fera que agora deve ser alimentada”, alerta Sherrie.

Sobre o tipo de conteúdo a ser criado e a periodicidade de sua publicação, a autora sugere que a atribuição de tweets seja bem definida para que eventuais projetos não interfiram na tarefa constante de distribuir esse conteúdo via twitter. “Às vezes pode ser razoável atribuir essa tarefa a um colaborador externo”, diz.
3. Pressa para lucrar
O Twitter é, sem dúvida, um espaço convidativo e de fácil participação – tecnicamente. Possivelmente essa característica imprime na empresa a sensação de retorno rápido e igualmente descomplicado.

“Em determinados casos pode haver um razoável retorno no curto prazo. Vídeos virais são um bom exemplo disso; ainda assim, são exceção, não regra. Ter uma audiência considerável no twitter leva tempo”, diz Sherrie.
4. Linguagem apropriada
“Seguidores do Twitter são pessoas e insistem em aproximação igualmente pessoal e autêntica”, diz a autora. Segundo Sherrie, outro grande erro cometido pelas empresas é se esconderem atrás de uma barreira corporativa.

“É essencial fazer com que sua audiência se sinta envolvida na história da marca que  decide seguir. Tal envolvimento é conquistado com engajamento pessoal, deixando o jargão comercial fora da conversa”, finaliza.
Fonte: IDG Now
abcs