COMO IDENTIFICAR AS NECESSIDADES E DESEJOS DO CLIENTE INTERNO?

É comum associar o marketing a “criação” de necessidades e desejos em seus clientes/consumidores. De certo modo, o marketing tem o poder de tocar os “necejos” (necessidade + desejos, como dizia meu professor) de seus clientes, porém, para descobrir quais são esses, o planejamento não conta com o auxilio de uma bola de cristal da última versão 2.0, nem muito menos com a colaboração de videntes tops de linha. O planejamento de marketing faz estudos de mercado usando algumas ferramentas, como a análise de SWOT, por exemplo, que permite identificar quais são as fraqueza e as forças da marca, quais são as reais necessidade e desejos que devem ser atingidos para que o andamento de forma evolutiva apareça. Como dizia Maslow “tão logo uma necessidade é satisfeita, outra surge em seu lugar. Esse processo é interminável e contínuo, entende- se como do nascimento até a morte”. Diante disso, percebemos que a atenção em buscar a satisfação dos “necejos” do cliente é fundamental, sempre contando com o auxilio de ferramentas ideais para isso.

Agora te pergunto: e o cliente interno?

Alguém está de olho em suas necessidades e desejos? Quem deve procurar satisfazê-los e de que forma isso pode ser realizado?

Para o público interno da empresa, uma das ferramentas mais utilizadas para entender o que se passa, o que se necessita e o que se deseja é a Pesquisa de Clima Organizacional. Essa pesquisa elaborada e aplicada pelo setor de RH é o indicador de satisfação dos colaboradores para diversas vertentes que compõem a organização, como modelo de gestão, valorização profissional, processo de comunicação, identificação com a companhia, motivação, ou qualquer outro ponto que a própria empresa deseja abordar.

Após identificar os pontos a serem melhorados ou desenvolvidos, é necessário que um plano de ação seja elaborado, utilizando as respostas dos colaboradores como base principal. Se reclamações salariais forem apontadas, por exemplo, uma ação de estudo de remuneração de acordo com a faixa salarial do mercado externo de empresas do mesmo porte pode ser uma saída. Se existirem pontos de insatisfação de treinamento e motivação, ações do tipo LNT (Levantamento de Necessidades de Treinamento) para apurar quais são as carências de conhecimentos, atitudes e habilidades e organizar campanhas motivacionais, por exemplo, podem ser exploradas.Uma Pesquisa de Clima Organizacional além de apontar as forças e fraquezas provindas das necessidades sentidas pelos colaboradores, também auxilia em pontos importantes na gestão da qualidade, seja no produto final ou em todo processo de produção. Para os gestores, ela contribui fortemente nas decisões a serem tomadas de maneira segura estabelecendo referências confiáveis para programar novas ações, indicando com maior precisão qual setor necessita da melhor ação para sanar problemas de motivação, rotatividade, insatisfação, absenteísmo, ou qual for a solução que melhor se enquadra para suprir necessidade apontada, proporcionando qualidade de vida no ambiente de trabalho. Essa qualidade de vida no trabalho conduz bons relacionamentos, elevando o nível de confiança entre as duas partes – empresa e colaborador – tornando o trabalho, desde o esboço, passando por todo processo até alcançar o produto e resultado final mais eficiente e produtivo.

Seja qual for o resultado da sua pesquisa, ações pertinentes aos resultados deverão ser planejadas e colocadas em prática, só assim o colaborador vai sentir que há alguém que se importe com a sua opinião e que realmente quer transformar os pontos negativos em positivos.

Por Mariana Melissa

Fonte: Ideia de marketing  

AS DIMENSÕES DO TEMPO DE UM GESTOR

Embora o desenvolvimento industrial brasileiro venha ocorrendo de forma acelerada esse processo é relativamente recente, pois o Brasil teve que enfrentar primeiro as várias etapas do seu desenvolvimento econômico.

Porém, essa mudança de perfil econômico – do predomínio agrícola para o industrial – não acompanhou as mudanças do perfil social, pois sob o ponto de vista de estudiosos em Management os investimentos em educação formal e em treinamento gerencial continuam insuficientes.

Uma das conseqüências das pressões do ambiente de negócios é a pouca eficácia dos gerentes na administração do seu próprio tempo e, conforme esses mesmos estudiosos, os gestores brasileiros talvez sejam os mais sacrificados em relação às suas próprias responsabilidades.

A competição internacional requer cada vez mais eficácia empresarial, produtos (e serviços) de qualidade e preços competitivos. Nesse contexto, os gerentes brasileiros têm de administrar recursos humanos mal preparados e oriundos de uma cultura organizacional muitas vezes autocrática e excessivamente burocratizada. Diante disso, os gestores brasileiros vêem-se envolvidos numa enorme carga de trabalho, além de inúmeros problemas de liderança e relacionamentos interpessoais instáveis, o que os torna cada vez mais estressados e oprimidos.

O Que é Importante? O Que é Urgente?
Diante do exposto acima constatamos o óbvio; ou seja, os afazeres e os compromissos gerenciais crescem num ritmo alucinante, embora o tempo do gerente continue o mesmo. Sendo assim, a solução é definir as prioridades conforme o grau de importância de cada uma das suas atividades. 

Portanto, é preciso que o gerente conheça seus produtos, seus clientes e seus concorrentes para compreender qual a necessidade da empresa em relação à sua capacidade. Dessa forma ele enxergará – dentro do seu “pacote” de urgências – o que é ao mesmo tempo imediato e importante.

Após definidas as prioridades o Gerente deve planejar a agenda da semana e, para que ela não seja frustrante, o gestor deve compreendê-la como um plano no qual a realidade costuma interferir constantemente através dos seus chefes, subordinados, colegas e outras áreas da organização.

À medida que as semanas vão se sucedendo os gestores adquirem as verdadeiras dimensões do tempo de cada tarefa e, além disso, eles identificam mais facilmente as prioridades para a organização. Essas prioridades não desaparecem facilmente, a não ser que o Gerente esteja consciente da necessidade de saber administrar bem o seu tempo.

Um dos principais benefícios da Administração do Tempo é a redução e a eliminação da impotência, pois na maioria das vezes ao sentir-se impotente o gestor diminui sua auto estima e aumenta seu nível de estresse. A impotência ocorre pela sua incapacidade de “fazer todas as coisas” que lhes são atribuídas e a conseqüência desse sentimento é a exaustão mental.

Estabelecendo Objetivos
Todo planejamento deve ser elaborado pensando no que é provável acontecer e não no que o Gerente gostaria que ocorresse. Dessa forma, o gestor deve estabelecer objetivos e desdobrá-los em pequenas metas e cada objetivo poderá ter de cinco a sete etapas principais, as quais podem se tornar objetivos intermediários. Dessa forma, o gerente saberá se está – ou não – se aproximando do seu principal objetivo, o qual não irá parecer tão irrealizável.

Sendo assim, o gestor deverá começar administrando seu tempo pelas tarefas que estão ao seu alcance; ou seja, aquelas que só dependem dele. Ou começar por ele mesmo, mudando suas atitudes em relação aos problemas do cotidiano, pois afinal são esses problemas que justificam sua contratação como gerente e é para resolvê-los que o gestor é pago.

Por Julio Cesar Santos

TRABALHO EM EQUIPE

Um dos ingredientes fundamentais de quando se trabalha em equipe é o comprometimento com os resultados.

Trabalhar em equipe é um dos maiores desafios dos últimos tempos. Apesar de todo treinamento e conscientização, ainda há na maioria das empresas a falta de condições para o desenvolvimento desse modo de trabalho. Um dos exemplos mais comuns é aquele gestor que durante o dia prega o trabalho em equipe, mas à noite decide tudo sozinho. Ou então, aquele que mantém segredo sobre tudo simplesmente porque desconfia de tudo e de todos.
 
Trabalhar em equipe é reunir um grupo de pessoas com uma mesma finalidade. Esse grupo possui habilidades complementares que se unem em prol de um objetivo comum, consideram-se coletivamente responsáveis por esse trabalho e compreendem quais são suas metas e resultados a serem alcançados.

Jerry Wisinski relaciona os seguintes elementos para que uma equipe tenha sucesso na busca dos seus objetivos:

- Participação: todo integrante da equipe deve ter uma participação equilibrada sendo que ninguém deve dominar ou se ausentar do trabalho;

- Vender ideias: cada membro da equipe deve propor suas ideais e apresentá-la à equipe de forma a contribuir com o trabalho;

- Renúncia: renunciar uma posição pessoal em prol do grupo;

- Avaliação: avaliar os resultados alcançados pela equipe procurando eliminar os pontos falhos e buscar as alternativas que resolvam os problemas;

- Relacionamento: não deve haver espaço para conflitos pessoais, este devem ser resolvido mais rápido possível para não prejudicar a realização das tarefas.

- Realização das tarefas: todos devem estar conscientes, pois em um relacionamento em equipe a falha de um membro pode atrasar toda a equipe.

Um dos ingredientes fundamentais para se trabalhar em equipe é o comprometimento com os resultados. Não devemos agir como um grupo que trabalha em uma plantação de feijão, onde o trabalho em grupo é feito da seguinte maneira: o primeiro cava o buraco, o segundo enterra a semente e o terceiro tapa o buraco. Se por algum motivo o segundo não enterrar a semente corretamente, o trabalho estará comprometido; ou seja, eles trabalharam em grupo, mas não em equipe.

Os principais fatores que contribuem para o sucesso do trabalho em equipe são: preocupar-se com o bem estar dos componentes do grupo; auxiliar um membro da equipe quando este tem problemas pessoais ou profissionais; unir-se visando o resultado final; fazer de sua fraqueza a fortaleza do outro e vice versa. Como disse Michael Jordan: “Com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligência ganhamos campeonatos.”

Trabalhar em equipe é mais divertido do que trabalhar individualmente, melhora o nosso desempenho e contribui para a melhora dos resultados da empresa. Vamos refletir sobre isso!

Por Pedro Paulo Galindo Morales
 
Fonte: Falando de Gestão
abcs