COMO DESARMAR AS VIBORAZINHAS CORPORATIVAS


Pesquisando o universo das serpentes e das víboras, percebi que a serpente é mais malvista do que deveria. Somente uma parte delas é venenosa e elas não costumam atacar os humanos. Já a víbora é um réptil venenoso cuja mordida quase sempre é fatal. Portanto, é sobre as viborazinhas corporativas que eu quero falar neste mês.

É sempre bom estar atento a elas. Sabe aquele colega de trabalho que o tempo todo quer formar grupos, aliar-se a outros departamentos e age como se estivesse num treinamento de sobrevivência na selva? É a esse tipo de víbora que estou me referindo. 

Tem gente que parece que enxerga perigos e armações em sua própria sombra. Por mais selvagem que o universo corporativo ande, não é para tanto. E aquele outro que, do nada, passa a elogiar muito você, insistindo para ajudar em coisas que são de sua responsabilidade e forçando uma proximidade e uma amizade que só poderiam existir com o tempo, o empenho e a vontade de ambas as partes.

Conhece alguém assim? Mantenha distância de pessoas com essas características porque, quando dão o bote, quase sempre é fatal.

Longe de mim desmerecer os parceiros de trabalho que genuinamente prezam a construção e o trabalho de grupo e, menos ainda, duvidar de todos aqueles que, por natureza, são gentis, generosos e trazem dentro de si o real espírito de cooperação. 

Como diferenciar os tipos reais dos que são falsos e que trazem sempre segundas intenções por trás de suas menores atitudes na empresa? Ouça sempre sua intuição e seja extremamente sensível aos outros. Quando você começa a prestar atenção real nos outros, conseguirá diferenciar sempre o joio do trigo e passará a perceber melhor os alarmes interiores que quase sempre recebemos e também quase sempre insistimos em ignorar!

Cuidado com as pessoas que, do nada, elegem você como confessor, desfiando intimidades e indiscrições que podem comprometer terceiros. Atenção para quem fala mal de outros pelas costas. Esse profissional certamente faz a mesma coisa quando você não está presente.

Mais cuidado ainda quando, além disso, perceber que a víbora corporativa coloca sua língua bipartida em ação, tentando empalidecer o sucesso e a importância de colegas, desdenhando de ideias e planos dos pares. Chame essa pessoa para uma conversa. Diga que o comportamento só envena as relações de trabalho e o ambiente. Assim, você desarma a víbora.

Por Célia Leão. Escreve sobre etiqueta corporativa. É autora de "Boas maneiras de A a Z" e consultora de de etiqueta empresarial.

Fonte: Exame

QUAIS SÃO OS CAMINHOS PARA A ESPECIALIZAÇÃO EM MARKETING DIGITAL?



Buscar a especialização em marketing digital, em um mundo cada vez mais conectado é um passo natural para qualquer profissional que deseje um futuro tranquilo em relação a sua carreira. As pesquisas mostram que o marketing digital deve ultrapassar o marketing convencional no mais tardar, em 2016. Portanto, é hora da especialização para não ficar pra traz.

Atualmente a especialização em marketing digital oferece inúmeras opções, uma vez que o mercado se torna cada vez mais específico. Os profissionais de marketing digital são cada vez mais cobiçados pelas empresas, mas a oferta de pessoal realmente capacitado não supre o mercado.

Os caminhos para a especialização em marketing digital

O caminho para a capacitação profissional em marketing digital não é fácil nem curto. Afirmar que você pode formar um gerente de marketing digital em poucas semanas é no mínimo um sinal de inocência. A formação de um profissional de marketing começa pela base, ou seja, um bom curso de graduação para que ele domine as bases e conceitos universais da profissão, mas isso atualmente em todas as áreas de atuação não é o suficiente.

As nossas faculdades ainda não atentaram para a questão da especialização em marketing digital, e com isso, vem criando uma defasagem entre os bancos da escola e a vida real. Conhecer tudo sobre Kotler é muito bom, mas fazer essa transição para o mundo online é outra coisa.

O importante é ter um plano de carreira em marketing digital, saber que existe um tempo certo para tudo e uma sequência lógica de aprendizado que reforça sua capacidade para adquirir mais conhecimento.

Sugestão de roteiro para especialização em marketing online

Como disse anteriormente, é preciso ter uma visão geral dos cenários do marketing online para poder então decidir qual é o melhor caminho a seguir. Uma vez conhecidas as principais áreas, eu teria a seguinte sugestão a dar, em termos de formação:

  • Web Análise e Google Analytics
  • SEO – Search Engine Optimization
  • Google AdWords – Links Patrocinados
  • E-mail Marketing
  • Marketing em Mídias Sociais

Parece pouco? Só parece. Cada uma dessas disciplinas do marketing digital é fundamental para que você tenha uma visão ampla do web marketing para ter condições de planejar campanhas de alta conversão. Obviamente, durante o caminho da sua formação irão surgir predileções por esta ou outra área, como em qualquer profissão. É justamente ai que eu sugiro que você pegue a dica para o seu futuro profissional em marketing digital.

Tornando-se um especialista em marketing digital

Superada esta fase de conhecimento, chegamos finalmente à especialização. Um fator fundamental para o sucesso em marketing digital é fazer aquilo que realmente se gosta. Por isso, minha recomendação é que você foque na técnica que lhe é mais interessante e desafiadora. O importante é gostar da atividade e conhecer detalhadamente a área em que você quer atuar, porque o sucesso só vem com muita dedicação.

A atualização, por exemplo, é um dos fatores essenciais para quem que se especializar em marketing digital. A tecnologia e o mercado cobram do profissional de marketing uma atualização constante. Em nossos cursos, costumo dizer que a capacitação em marketing digital é feita de sucessivas camadas de reciclagem. O profissional de marketing online tem sempre a função de buscar formas e tecnologias inovadoras. Surpreender o público é uma das principais estratégias para o sucesso do Web Marketing.

A especialização em marketing digital é uma tendência cada vez mais forte, portanto faça já um planejamento da sua formação.

ONDE ESTÃO AS PESSOAS CERTAS PARA SUA EMPRESA?


A resposta para essa pergunta vale milhões de reais em resultados. Entretanto, não é necessário desembolsar a mesma quantia para encontrá-la. Basta avaliar o ambiente e a forma da gestão da sua empresa. O restante flui de maneira natural.
São poucas as empresas que reconhecem a importância do capital humano como fator preponderante para o alcance dos resultados. Por alguma razão, as empresas estão sempre buscando novos talentos, high potencial ou um salvador da pátria capaz de "oxigenar" o marasmo em que se veem mergulhadas.

Na prática, gestão de recursos humanos ou gestão de pessoas ou gestão de capital humano são tentativas infrutíferas de valorizar a importância e a criatividade dos profissionais. Mas, seja qual for o nome adotado, isso não muda a realidade de muitas empresas.

Apesar de os gestores de RH encamparem a difícil missão de recrutar os melhores talentos, muito mais fora do que dentro das organizações, os atributos ainda são mais valorizados do que a capacidade de lidar com circunstâncias adversas.

Atributos como boa aparência, experiência profissional, domínio de dois ou três idiomas, moreno alto, bonito e sensual, há muito tempo deixaram de ser suficientes para recrutar os melhores talentos para as empresas.

De fato, não existe um modelo ideal de contratação, mas, é possível reduzir de maneira considerável o índice de seleções equivocadas. Por experiência, penso que as dinâmicas mais sofisticadas não conseguem neutralizar essa deficiência.

A contratação de profissionais que se sobressaem durante o processo de seleção e, depois de admitidos, não correspondem ao esperado, é muito comum, por várias razões, aqui não exploradas. Algumas empresas demoram em corrigir essa falha. Executivos são orgulhosos demais para admitir o problema.

Na realidade, não é necessário mais do que três a seis meses para saber se o profissional vai ou não abraçar a causa da empresa, portanto, de que adianta prolongar o problema? Qual é a dificuldade de refazer o processo e tentar novamente?

Onde está o problema, então? Está na cultura da gestão de pessoas. Existem duas coisas que não nos ensinaram desde a mais tenra infância: lidar com dinheiro e lidar com pessoas, razão pela qual a situação financeira da maioria é caótica e o relacionamento nem se fala.

A falta de uma política voltada para a gestão de pessoas, no sentido prático, é um dos principais fatores que contribuem para as seleções equivocadas e o não aproveitamento dos talentos existentes dentro da própria organização.

Dessa forma, uma politica séria de recursos humanos deve levar em consideração todos os fatores a seguir relacionados. Desculpe a dureza das palavras, mas, qualquer coisa fora isso não traz resultados efetivos:

- Estrutura organizacional bem definida.
- Matriz de responsabilidades bem definida.
- Processo de seleção e admissão criterioso.
- Programa de integração.
- Treinamento e desenvolvimento constante.
- Plano de Cargos e Salários + Benefícios compatíveis.
- Critérios de avaliação bem definidos.
- Autonomia das lideranças em todos os níveis.

Antes de responder a pergunta que serve de título para esse artigo, vale a penar refletir sobre outra questão: por que algumas empresas não encontram os profissionais que tanto procuram? Alguns insights para ajuda-lo na resposta:

- A política de recursos humanos não existe; quando existe, há sempre um diretor ou gerente que se acha no direito de abrir uma exceção e isso contamina o processo.
- Algumas empresas nem sabem o que significa Política de RH; outras acham isso uma grande bobagem.
- Os gestores encontram tempo para tudo, menos para fazer gestão de pessoas.
- Existem empresas que simplesmente ignoram a gestão de pessoas.
- Os lideres não são treinados para avaliar pessoas.
- O processo de admissão não tem consistência alguma.
- Os objetivos não estão claros e as pessoas são "largadas" literalmente no seu local de trabalho.
- Não existe programa de desenvolvimento de talentos internos.
- O negócio está dando muito dinheiro e algum alienado acha que isso pode dispensar a necessidade de treinamento; além de tantos outros.

Agora sim, respondendo a questão do título, como encontrar as pessoas certas para a sua empresa? Primeira dica: elas não estão na concorrência. Segunda dica: elas estão dentro da sua própria empresa.

Que tal adotar os seguintes critérios?

- Comece envolver e a responsabilizar os gestores durante o processo de seleção, interna ou externa, e de avaliação até que o profissional se estabilize.
- Indicação vale, mas, independentemente disso, torne o processo mais transparente e profissional possível. Se indicação fosse suficiente, o serviço público seria uma beleza.
- Adote processos de avaliação que levem em conta tanto os fatores comportamentais quanto os resultados; as pessoas precisam saber o que vão fazer, como devem fazer e o que vai acontecer se não fizerem; não precisa xingar nem reclamar nem falar mal do profissional no corredor, basta ser claro em relação ao desempenho.
- Nenhuma empresa acerta todos os processos de admissão. Se, apesar de ter tomado todos os cuidados e de ter feito as avaliações etc., o profissional não corresponder às expectativas, corrija o processo rapidamente e parta em busca de nova opção.
- Dê oportunidades para as pessoas da sua própria empresa; muitos talentos estão deslocados da sua vocação natural e, ao promover a seleção interna, você concede a si mesmo o direito de corrigir algumas deficiências do processo original de admissão.
- Deixe de se iludir e carregar as pessoas nas costas. Em todas as empresas, existem poucas pessoas comprometidas. A maioria não está nem aí para o negócio e uma boa parte não vê a hora de a aposentadoria chegar. Como líder, gerente, empreendedor ou empresário, você tem o direito de tentar novamente.

Contratar e reter talentos (modismo puro) exige cultura voltada para a gestão de pessoas e comprometimento efetivo das lideranças como o monitoramento dos resultados de todos os profissionais a serviço da empresa, periodicamente, e não apenas uma vez a cada cinco anos, quando se faz.

Por fim, lembre-se, nenhum profissional vindo de fora conseguirá suprir a deficiência gerada pela falta de processos, de politicas, de normas e procedimentos instituídos para todas as áreas e para todos os níveis hierárquicos da empresa.



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